Foto: Max Reinert |
Quando escolhemos trabalhar a partir de um tema como a reciclagem do lixo, sabíamos que um dos maiores riscos que correríamos seria entediar os espectadores. Em nossa experiência, temos percebido que a maioria dos espetáculos criados para escolas e campanhas sobre assuntos específicos acabavam saindo do terreno artístico e se tornando apenas uma simples troca de informações didático-pedagógicas.
Nossa principal busca, neste sentido, foi encontrar uma dramaturgia e um equilíbrio entre forma e conteúdo que discutisse o tema em questão, mas deixasse espaços abertos para a imaginação das crianças e adolescentes. Mais do que criar uma aula, queríamos estimular os espectadores a reconhecer no espetáculo os objetos descartados do cotidiano e, ao mesmo tempo, se deixassem levar por essas novas configurações dadas a eles, embarcando na história e no carisma dos personagens.
Dando continuidade à pesquisa desenvolvida pela Téspis Cia. de Teatro, buscamos construir uma dramaturgia sem palavras, apoiada fortemente nas imagens poéticas e nos personagens que nasceram a partir da improvisação dos atores / manipuladores.
O lixo foi nosso ponto de partida e nossa meta. Toda a cenografia e a produção do espetáculo foi criado a partir da sucata produzida pelos próprios integrantes do projeto. Os participantes também passaram por um processo de relação com o entorno, recolhendo materiais por onde quer que estivessem, uma vez que passaram a enxergar o lixo não mais como descarte, mas sim como material passível de transformação e reaproveitamento.
O principal objetivo de uma peça teatral, no nosso modo de ver, não é «ensinar» algo. Antes de qualquer coisa, buscamos «instigar» os espectadores a partir das imagens criadas e mostradas durante a fruição do espetáculo. As conclusões feitas posteriormente são tanto bem vindas para a companhia, como podem contribuir com o processo de formação das crianças e adolescentes de maneira provocadora e prazerosa.
Não se trata, dessa forma, de perverter o objeto artístico, mas antes acreditar nele como potência disparadora de múltiplos processos mentais e criativos no espectador. Acreditar que a potência criadora instalada nos participantes durante a criação da obra possa, de alguma forma, reverberar durante a recepção da mesma. O teatro e a reciclagem não como um fim, mas como um meio para reinventarmos nossa relação com o mundo.
Nossa principal busca, neste sentido, foi encontrar uma dramaturgia e um equilíbrio entre forma e conteúdo que discutisse o tema em questão, mas deixasse espaços abertos para a imaginação das crianças e adolescentes. Mais do que criar uma aula, queríamos estimular os espectadores a reconhecer no espetáculo os objetos descartados do cotidiano e, ao mesmo tempo, se deixassem levar por essas novas configurações dadas a eles, embarcando na história e no carisma dos personagens.
Dando continuidade à pesquisa desenvolvida pela Téspis Cia. de Teatro, buscamos construir uma dramaturgia sem palavras, apoiada fortemente nas imagens poéticas e nos personagens que nasceram a partir da improvisação dos atores / manipuladores.
O lixo foi nosso ponto de partida e nossa meta. Toda a cenografia e a produção do espetáculo foi criado a partir da sucata produzida pelos próprios integrantes do projeto. Os participantes também passaram por um processo de relação com o entorno, recolhendo materiais por onde quer que estivessem, uma vez que passaram a enxergar o lixo não mais como descarte, mas sim como material passível de transformação e reaproveitamento.
O principal objetivo de uma peça teatral, no nosso modo de ver, não é «ensinar» algo. Antes de qualquer coisa, buscamos «instigar» os espectadores a partir das imagens criadas e mostradas durante a fruição do espetáculo. As conclusões feitas posteriormente são tanto bem vindas para a companhia, como podem contribuir com o processo de formação das crianças e adolescentes de maneira provocadora e prazerosa.
Não se trata, dessa forma, de perverter o objeto artístico, mas antes acreditar nele como potência disparadora de múltiplos processos mentais e criativos no espectador. Acreditar que a potência criadora instalada nos participantes durante a criação da obra possa, de alguma forma, reverberar durante a recepção da mesma. O teatro e a reciclagem não como um fim, mas como um meio para reinventarmos nossa relação com o mundo.
Foto: Max Reinert |
Release:
Discussão sobre sustentabilidade com humor e ludicidade
Criado originalmente para o projeto "Reciclando com Arte" (vencedor no edital Petrobras Socioambiental - Comunidades - 2014), o espetáculo Cabeça de Papel poderia se transformar em apenas uma ação educativa sobre reciclagem. Mas, os artistas da Téspis Cia. de Teatro resolveram apostar na união entre forma e conteúdo e o que poderia ser apenas uma aula sobre a reciclagem do lixo, acabou se transformando em uma experiência para os próprios artistas.
Foto: Max Reinert |
"Cabeça de Papel", o personagem central desta história, vive num lixão e se alimenta do que as pessoas jogam fora. Influenciado pelos habitantes desse lugar, vai aprendendo a transformar objetos e todo tipo de lixo que encontra em outras formas, que servem como ferramenta para que ele próprio se transforme. E aos poucos o entorno vai ganhando cores, luzes, sons e um novo mundo vai aparecendo.
Outras fontes também serviram como inspiração para a criação do espetáculo. Criadores e equipe técnica se inspiraram na cultura das ruas, como o grafite e o hip hop, e tentam chamar atenção para o respeito às diferenças, sobretudo das classes marginalizadas, por não enquadrar-se no sistema de consumo vigente. Essa influência, apresenta-se principalmente na trilha sonora, que foi composta especialmente para a peça, sendo um elemento de grande importância, uma vez que o espetáculo não possui falas.
"O espetáculo também foi pensado para se apresentar em vários tipos de espaço diferentes. Se a ideia é conscientizar, não queríamos ter muitos impedimentos para fazer o espetáculo circular livremente", informa Denise da Luz, coordenadora de produção do projeto. "Dessa forma, reafirmamos a intenção de divertir e informar as mais distintas plateias, para contemplarmos regiões da cidade e do estado que ainda não têm espaços adequados para apresentações teatrais", completa.
Outras fontes também serviram como inspiração para a criação do espetáculo. Criadores e equipe técnica se inspiraram na cultura das ruas, como o grafite e o hip hop, e tentam chamar atenção para o respeito às diferenças, sobretudo das classes marginalizadas, por não enquadrar-se no sistema de consumo vigente. Essa influência, apresenta-se principalmente na trilha sonora, que foi composta especialmente para a peça, sendo um elemento de grande importância, uma vez que o espetáculo não possui falas.
"O espetáculo também foi pensado para se apresentar em vários tipos de espaço diferentes. Se a ideia é conscientizar, não queríamos ter muitos impedimentos para fazer o espetáculo circular livremente", informa Denise da Luz, coordenadora de produção do projeto. "Dessa forma, reafirmamos a intenção de divertir e informar as mais distintas plateias, para contemplarmos regiões da cidade e do estado que ainda não têm espaços adequados para apresentações teatrais", completa.
Foto: Max Reinert |
Foto: Max Reinert |
Ficha Técnica:
Dramaturgia e Direção: Max Reinert
Manipulação de Bonecos e Objetos: Cidval Batista Jr, Jônata Gonçalves e Monique Neves
Trilha Sonora Original: Hedra Rockenbach
Cenário e Iluminação: Max Reinert
Cenotecnia: Jociel Cunha
Construção de Bonecos: Cidval Batista Jr
Apoio na Confecção de Bonecos: Jônata Gonçalves, Mayara Conceição e Max Reinert
Programação Visual: Leandro de Maman
Produção: Téspis Cia. de Teatro
Coordenação de Produção: Denise da Luz
Foto: Max Reinert |
O espetáculo teatral "Cabeça de Papel" utiliza-se do teatro de formas animadas e tem como tema e linguagem a reutilização criativa de materiais recicláveis. Desta forma, todos os elementos utilizados em cena, como os bonecos, cenários, adereços e figurinos, são confeccionados com sucata. Inspirado também na cultura das ruas, como o grafite e o hip hop, chama atenção para o respeito às diferenças, sobretudo das classes marginalizadas por não enquadrar-se no sistema de consumo vigente.
Cabeça de Papel, o personagem central desta história, inicialmente é alguém que vive num lixão e se alimenta do que as pessoas jogam fora. Aos poucos vai aprendendo a transformar objetos e todo tipo de lixo que encontra em outras formas, que servem como ferramenta para que ele próprio se transforme. E aos poucos o entorno vai ganhando cores, luzes, sons e um novo mundo vai aparecendo.
Necessidades Físicas
O espetáculo tem duas versões. Uma pode ser apresentada em qualquer espaço alternativo com no mínimo 05mt X 05mt (mais espaço para o público), sem necessidades técnicas. O grupo se responsabiliza pelo equipamento sonoro e não há utilização de iluminação.
Na versão completa, as seguintes necessidades são ideais para a realização do espetáculo:
Palco Italiano -
Caixa preta com as seguintes dimensões mínimas:
06 metros de largura, 06 metros de profundidade, 04 metros de altura
Iluminação
10 refletores PC 1000W, 06 refletores PAR 64 #2, 05 refletores Elipsoidais (com facas)
Sonorização
Mesa de som com entrada para notebook, caixas com potência adequada para o local.
Transporte
05 pessoas (03 [três] atores e 02 [dois] técnicos)
Cenários são transportados com o grupo, há um pequeno excesso de peso.
Clipping
Nenhum comentário :
Postar um comentário